E aí, galera da tecnologia, do empreendedorismo e você que está de olho na próxima grande mudança de carreira!
Quem acompanha o mercado financeiro (ou simplesmente tem uma conta no Nubank) deve ter percebido uma movimentação interessante nas ações do nosso queridinho roxinho (ROXO34). Depois de um baque inicial que fez as ações caírem mais de 5%, eis que elas deram uma guinada e começaram a subir. Parece montanha-russa, né? Mas por trás dessa gangorra, tem uma história de impostos e “equalização” que vale a pena entender.
Tudo começou quando o governo brasileiro decidiu mexer numa taxa chamada Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A ideia? “Equalizar” o jogo entre as fintechs e os bancos tradicionais. Traduzindo: onde as fintechs pagavam uma alíquota de 9% de CSLL, a proposta é que passem a pagar 15% ou até 20%, dependendo da sua natureza. É como se, de repente, o “time” das fintechs, que já jogava com agilidade, recebesse uma bolada a mais na conta para “competir de igual para igual” com os grandões.
O que rolou foi uma espécie de “pegadinha” fiscal. Essa mudança veio para compensar a revogação de um decreto que aumentaria o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ou seja, o governo tirou de um lado e buscou do outro, e quem ficou na mira foram as plataformas digitais e financeiras.
Mas, como nem tudo são flores no mundo dos impostos, essa medida não passou batida. O Nubank, por exemplo, já veio a público questionar, argumentando que as fintechs, na verdade, já pagam mais impostos efetivos do que os bancos tradicionais. E não é só o Nubank que está nessa. Associações como a ABFintechs e a Zetta (que representa várias fintechs como Mercado Pago e Neon) levantaram a voz, apontando que essa jogada pode encarecer os serviços financeiros digitais, frear a inovação e, pasme, até prejudicar a inclusão financeira que elas tanto promoveram nos últimos anos.
Para se ter uma ideia do impacto, análises do Itaú BBA já indicam que o lucro do Nubank, por exemplo, pode ter uma redução de 6%. Para outras, como PagSeguro e Stone, o impacto também é considerável.
Com a queda inicial, muitos investidores viram uma oportunidade de ouro. É aquela lógica de “comprar na baixa”. O mercado, sempre atento, interpretou que, apesar do susto tributário, o potencial de crescimento do Nubank e a robustez do seu modelo de negócio ainda são atrativos. E, claro, a notícia da “equalização” tributária pode ter sido parcialmente precificada, e o que restou foi a percepção de valor no longo prazo. O “vai e vem” é natural, especialmente em momentos de incerteza regulatória.
Para quem está começando na tecnologia, querendo empreender ou migrar de carreira, essa história do Nubank é um belo exemplo de como as regras do jogo podem mudar de uma hora para outra. No mundo dos negócios e da tecnologia, agilidade para se adaptar e uma boa dose de resiliência são essenciais. E, claro, sempre bom ter um olho nas planilhas e outro nas decisões políticas!